O sistema endócrino juntamente com o sistema nervoso atua regulando e mantendo a homeostasia no corpo. É relativamente pequeno e o peso combinado dos órgãos é aproximadamente de 0,5 kg. Todas as funções e atividades do nosso corpo são coordenadas e integradas pelo sistema nervoso e pelo sistema endócrino (hormonal). O sistema endócrino é composto de várias glândulas que se situam em diferentes pontos do nosso corpo. Glândulas são estruturas que produzem substâncias que tem determinada função no nosso corpo.
Glândulas Endócrinas
As glândulas endócrinas produzem e lançam no sangue substâncias reguladores denominados hormônios – estes, ao serem lançados no sangue, percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam. Há um equilíbrio dinâmico entre os diferentes hormônios, que produzem seus efeitos em concentrações muito pequenas. Sua distribuição pela corrente sanguínea é mais lenta do que uma reação nervosa, mas mantém-se por um período mais prolongado. Os órgãos principais envolvidos na produção de hormônios são o hipotálamo, a hipófise, a tireóide, a glândula supra-renal, o pâncreas, a paratireóide, as gônadas, a placenta e, em certos casos, a mucosa do intestino delgado. Vejamos agora algumas:
Hipófise
A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras glândulas, com a tireóide, as supra-renais e as glândulas-sexuais. O hormônio do crescimento é um dos hormônios produzidos pela hipófise. O funcionamento do corpo depende do equilíbrio hormonal. O excesso, por exemplo, de produção do hormônio de crescimento causa uma doença chamada gigantismo e a falta dele provoca o nanismo. Outro hormônio presente no corpo humano e também produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH). Essa substância permite ao corpo economizar água na excreção.
Tireóide
A tireóide produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade de metabolismo do corpo. Se ocorrer hipertireoidismo, isto é, funcionamento exagerado da tireóide, todo o metabolismo fica acelerado: o coração bate mais rapidamente, a temperatura do corpo fica mais alta que o normal; a pessoa emagrece porque gasta mais energia. Esse quadro favorece o desenvolvimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue passa a circular com maior pressão. Pode ocorrer o bócio, ou seja, um “papo” causado pelo crescimento exagerado da tireóide. Também pode aparecer a exoftalmia, isto é, os olhos ficam “saltados”. Se a tireóide trabalha menos ou produz menor quantidade de tiroxina que o normal, ocorre o hipotireoidismo, e o organismo também se altera: o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tornando-se mais propensa à obesidade, as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas. Aqui, também pode ocorre o bócio. Um das possíveis causas dessa doença é a falta (ou insuficiência) de iodo na alimentação, já que o iodo é um elemento presente na composição da tiroxina. Na maioria dos países assim como no Brasil, existem leis que obrigam os fabricantes de sal de cozinha a adicionar iodo nesse produto. Com tal medida, garante-se que a maioria das pessoas consuma diariamente a quantidade necessária de iodo.
Paratireóides
As paratireóides são quatro glândulas localizadas em volta da tireóide. Elas produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue.
Supra-renais
As supra-renais, duas glândulas que se situam acima dos rins, produzem adrenalina. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos, para atacar ou fugir. Os principais efeitos da adrenalina no organismo são:
- Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais sangue para os braços e pernas, dando-nos capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais em uma situação tensa, como uma briga);
- Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue (isso permite que as células produzam mais energia);
- Contração dos vasos sanguíneos da pele (o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de susto e também “gelados de medo”!
Pâncreas
O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon. A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do sangue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
Glucagon
Funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar. Quando ocorre a hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose então é enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar.
Glândulas sexuais
As glândulas sexuais são os ovários (femininos) e os testículos (masculinos). Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Enquanto os ovários produzem estrogênio e progesterona, os testículos produzem testosterona.
O mecanismo de feedback
A regulação hormonal obedece a um equilíbrio dinâmico que se estabelece por meio da retroalimentação ou do feedback, ou seja, do mecanismo através do qual o efeito controla a causa. Quando a taxa de um determinado hormônio no sangue está alta, a glândula que produz esse hormônio é inibida e para de produzi-lo. Da mesma maneira, quando a tava está abaixo do nível normal, a glândula recebe estímulo para produzir esse hormônio. Graças à retroalimentação, o funcionamento é ajustado às necessidades do organismo e, assim, um hormônio não é produzido em quantidade excessiva, não havendo desperdício de energia.
Artigo
Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2014/315/praia-toxica
A indústria cosmética usa, atualmente, 26 substâncias orgânicas com propriedades bloqueadoras de raios ultravioleta. Destas, 19 provocam alterações hormonais. Tais substâncias não estão presentes apenas nos filtros solares. Elas estão também em cremes de beleza, xampus, maquiagens, tecidos, lentes de óculos escuros e mesmo automóveis, cujas tintas levam fator de proteção contra a radiação ultravioleta. A bióloga Mariana Alonso, do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), publicou em 2013 o primeiro estudo que constatou a presença de octocrileno – um dos interferentes endócrinos mais usados em cosméticos com fator de proteção solar – em mamíferos aquáticos. “Se há octocrileno na placenta de golfinhos, é muito provável que ele esteja também na placenta humana”, avisa a bióloga. “Pois, bioquimicamente, somos similares aos mamíferos marinhos.” Esses animais podem ser entendidos como ‘espécie sentinela’: o que acontece com eles pode acontecer – ou já está acontecendo – com o ser humano. Segundo a pesquisadora, as substâncias presentes nos filtros solares são estrogênicas e antiandrogênicas. Em outras palavras: estimulam a produção de estrogênio (hormônio feminino) e inibem a produção de testosterona (hormônio masculino).
A indústria cosmética usa, atualmente, 26 substâncias orgânicas com propriedades bloqueadoras de raios ultravioleta. Destas, 19 provocam alterações hormonais. Tais substâncias não estão presentes apenas nos filtros solares. Elas estão também em cremes de beleza, xampus, maquiagens, tecidos, lentes de óculos escuros e mesmo automóveis, cujas tintas levam fator de proteção contra a radiação ultravioleta. A bióloga Mariana Alonso, do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), publicou em 2013 o primeiro estudo que constatou a presença de octocrileno – um dos interferentes endócrinos mais usados em cosméticos com fator de proteção solar – em mamíferos aquáticos. “Se há octocrileno na placenta de golfinhos, é muito provável que ele esteja também na placenta humana”, avisa a bióloga. “Pois, bioquimicamente, somos similares aos mamíferos marinhos.” Esses animais podem ser entendidos como ‘espécie sentinela’: o que acontece com eles pode acontecer – ou já está acontecendo – com o ser humano. Segundo a pesquisadora, as substâncias presentes nos filtros solares são estrogênicas e antiandrogênicas. Em outras palavras: estimulam a produção de estrogênio (hormônio feminino) e inibem a produção de testosterona (hormônio masculino).
Vídeos
Doenças
Diabetes
A doença endócrina mais comum é a diabetes,
uma condição na qual o organismo não processa adequadamente a glicose. Isto é
devido à ausência de insulina ou, se o corpo está a produzir insulina, esta não
está a funcionar de forma eficaz.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo ocorre quando a glândula
tiroide não produz hormona da tiroide suficiente para atender as necessidades
do corpo. Hormona da tiroide insuficiente pode causar a diminuição ou
encerramento de muitas das funções do corpo. O cancro da tiroide começa na
glândula tiroide e inicia quando as células da tiroide começam a mudar, crescer
descontroladamente e, eventualmente, formar um tumor.
Acesse também esse link onde você encontra todo sistema endócrino com mais informações: http://andsonmenezes.com.br/artigos/Sistema%20Endocrino.pdf
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